Nós não é nem um sujeito nem uma entidade formada, tampouco uma multidão. Nós é uma massa de mundos, de mundos infraespetaculares, intersticiais, com existência inconfessável, tecidos de solidariedades e de dissensões impenetráveis ao poder; e então também são os perdidos, os pobres, os prisioneiros, os ladrões, os criminosos, os loucos, os perversos, os corrompidos, os demasiado-vivos, os transbordantes, as corporeidades rebeldes. Em suma: todos aqueles que, seguindo sua linha de fuga, não se encontram confortáveis na tibieza climatizada do paraíso imperial. (…)
---TIQQUN